A situação é usual nos dois primeiros anos de vida
Ninguém gosta de descobrir que um filho mordeu o coleguinha ou que ele foi mordido. Mas é importante saber que isso é parte do desenvolvimento e acontece frequentemente entre 1 e 2 anos de vida. A mordida é uma das formas de demonstrar emoções (geralmente insatisfação, raiva e descontentamento) quando a linguagem ainda não é dominada. Como nessa fase a criança é muito impulsiva e ainda não consegue se comunicar muito bem, ela acaba mordendo para se manifestar – uma situação usual em que a mordidaacontece é a disputa por brinquedos.
“A situação só é preocupante quando ultrapassa os 2 anos de idade e acontece com muita frequência, várias vezes ao dia. Isso demonstra uma agressividade muito aflorada e indica que pode estar acontecendo alguma coisa na família ou no desenvolvimento da criança. Nesses casos, é válido consultar um psicólogo”, explica Deborah Moss, neuropsicóloga e mestre em psicologia do desenvolvimento infantil.
A seguir, confira dicas da especialista:
*Quando você presenciar seu filho mordendo, afaste-o da situação e demonstre que aquilo não é aceitável. É preciso chamar a atenção para que não se torne um hábito. Por menor que a criança seja, ela vai entender que aquilo não agradou ninguém.
*Nunca ria ou demonstre que achou graça da mordida.
*Explique o motivo de não poder morder: dói, o amigo chora, a mamãe fica triste e assim por diante…
*Se alguma mãe vier conversar com você porque o filho dela foi mordido pelo seu, diga que você já está ciente (caso a escola tenha informado) e diga que está tomando as providências necessárias para que ele pare com o hábito.
*Antes de tudo, relaxe e compreenda que hoje seu filho foi mordido, mas talvez amanhã ele venha a morder alguém. As crianças pequenas são imprevisíveis e isso faz parte da idade.
*Seu filho provavelmente seguirá os instintos para se defender na convivência em grupo na escolinha. Mas, caso isso não aconteça e você note que ele sempre é alvo das mordidas, ensine-o a se defender e se impor. Não de forma violenta, incentivando que ele também morda ou bata no colega, mas sim orientando que ele conte à professora, ou que fique longe da criança que sempre o morde.